28 dezembro 2006

Restaurantes e as rotas da inclusão

Porquê cada vez que agora se vai a um restaurante chinês se tem a impressão de ser um ganda maluco? Senão maluco pelo menos inconsciente ou allien acabado de aterrar em Portugal. A outra perspectiva mais modernaça é que se está a lutar contra a exclusão e a favor das minorias étnicas. Isto de falar em minorias quando falamos de chineses, que são aproximadamente 900 milhões, só pode ser anedota mas enfim.
Fui então almoçar a um desses antros de doenças e tachos mal lavados, duas conclusões. As condições dos restaurantes que não foram investigados e/ou encerrados não melhorou substancialmente. A decoração continua a ter aquele ar patético do costume, os empregados são sempre sorridentes, não sei se por não entenderem o que nós pedimos se aquilo já é um esgar que adquirem quando assinam o contrato, as listas continuma a ter aquele ar plastificado tão do agrado de certas donas de casas, os menus são longuíssimos e têm sempre a opção da "Família Feliz".
A segunda conclusão é que passada uma hora de almoçar/jantar estamos novamente cheios de fome. A minha dúvida é se este facto se deve à leveza e qualidade da comida ou se esta tem fermento e embora pareça muita quantidade aquilo é só ar e vento.

Como devem ter calculado não morro de amores por restaurantes chineses pelo que cada visita que lhes faço é parte do meu roteiro da inclusão. Felizmente que existem outras minorias, estou a lembrar-me dos Indianos, a quem também devo prestar a minha visita que me agradam bastante mais.

27 dezembro 2006

Passou o Natal

Acabou a época dos envios de mensagens de paz e amor, agora temos que as praticar. O grande efeito catártico que o Natal produz vai-se desvanecendo e daqui a uns dias só restam os presentes recebidos e oferecidos a pensar no Reveillont.

10 dezembro 2006

Morreu um Ícone


Sempre que morre um ícone sinto que morro um pouco, é parte de mim que se vai. São pequenos símbolos que nos marcam a nós e à nossa breve existência. Alguns são ícones bons, estou a lembrar-me do Badem Powel, do músico que o outro não conheci, do Ayrton. Alguns são vilões, mas mesmo esses não deviam morrer, para a história não se encarregar de os apagar.
Tudo isto porque hoje morreu Pinochet, o ditador mais tristemente célebre da América Latina ao depôr um Presidente democráticamente eleito. Existiram outros ditadores igualmente cruéis mas só este teve o condão de contrariar a vontade de uma eleição realmente democrática. Tenho uma vaga ideia da alegria do meu pai ao contar-me o que se passava no Chile quando da eleição de Allendre e a sua tristeza mais tarde ao saber do Golpe de Estado.
Na minha opinião todos os sanguinários e carrascos do mundo deviam ser imortais, para que não se convertam em mártires de causas estranhas alimentadas por doentes, para que não sejam esquecidos. A sua pena deveria ser vivos diante dos filhos e netos das suas vítimas e serem apontados cada vez que saíssem à rua. Deviam ser "enterrados" vivos e servirem de exemplo cada vez que houvesse um lunático pronto a reacender as suas teorias macabras. Assim proporia longas vidas a Hitlers, Estalines, Husseins, Pinochets e a todos os malucos que vieram e hão-de vir a celebrar as suas vidas.

05 dezembro 2006

Assunto recorrente


È redundante comentar o temporal que está, mas depois de atravessar duas vezes uma venida de quatro faixas sem chapéu de chuva só me apetece rogar pragas ao buraco do Ozono e aos Protocolos de Quioto por cumprir.
Todos gostamos de um Natal frio e cheio de neve, claro que em Portugal não passa de sonho mesmo, mas cheio de chuva com os pés ensopados e as calças molhadas a bater nas pernas perde o romantismo todo.
Vou sentar-me num canto seco a ver se páro de espirrar.

02 dezembro 2006

Espírito Natalício


Hoje tive o meu primeiro banho de Natal. Bem na realidade não foi bem um banho de Natal mas um banho de multidão que antecede qualquer loja de brinquedos no Natal. Não me consigo concentrar nestas alturas.
Tudo o que devia ser um prazer na descoberta da melhor forma de fazer alguém feliz se converte numa mais ou menos longa lista de compras a fazer. Tenho a sensação que anda tudo de listas de mercearia para aviar no supermercado. Na tentativa insane de "facilitar" a vida de cada um de nós todas as revistas elaboram listas de coisas a comprar, algumas por género, masculino feminino e outras com uma grelha de prendas e preços. Repentinamente temos que catalogar os nossos presenteáveis dentro de uma grelha de opções, "qualidade" do amigo versus custo a gastar com a oferta. Temos não só que adquirir um presente como ainda fazer uma relação hierárquica das nossas relações natalícias. Não podemos comprar uma coisa mais cara para o pai do que para a mãe, não se pode gastar demasiado com os primos que só vemos no Natal porque depois os outros ficam "sentidos". Aliás estas coisas dos "sentidos" é uma daquelas caracteristicas portuguesas que poderei desenvolver num próximo post.
Nestes casos das prioridades existem duas perspectivas. Aquela em que tornamos o Natal na lista das nossas relações afectivas do ano agora findo ou a perspectiva burocrática onde se listam nomes numa folha de cálculo e se gasta metódicamente dinheiro em todas as linhas, leia-se parentes e amigos.
Hoje não consegui fazer nada de jeito, não consegui encontrar nada que "tenha a cara" de alguem ofertável mas tive um prazer enorme, ainda que levemente sádico, a observar a quantidade de "malucos" que já só pensam em compras.
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