17 setembro 2007

Empresas grandes, pequenos Ministérios

Estou numa empresa grande, com imensa gente, aquele burburinho que se vê nos filmes de comédia romântica, cheia de hierarquias, regras, reportings, dead lines, reuniões importantíssimas, gente importantíssima. Onde muitos falam nos poucos "eles" como seres distantes e omnipresentes. "Eles" reforçam esta ideia, nunca ligando directamente, mandando secretárias fazer recados, mandando memos genéricos e cheios de razões ocultas e nunca explicadas. Andares separados, gabinetes insonorizados e "camuflados" como se salas de estar se tratassem.
Acho que há pessoas que pensam que isto é estar numa grande empresa. Tenho andado a observar e verifico que as pessoas alimentam esta noção de empresa.
No fundo existem imensas pessoas que gostariam de reproduzir o pior que o "satuos quo" público tem para oferecer, porque assim se consideram maiores e mais poderosas. No fundo existem imensos gestores privados que o seu sonho é alguma vez serem gestores "publicos" e como não o são reproduzem-lhes os tiques.
È nestas alturas que me lembro de uma personagem do Eça dos "Maias" que nas tertulias nunca esboçava qualquer opinião concreta nem tinha trabalho que se visse ou lesse, mas era um génio.
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