10 dezembro 2006

Morreu um Ícone


Sempre que morre um ícone sinto que morro um pouco, é parte de mim que se vai. São pequenos símbolos que nos marcam a nós e à nossa breve existência. Alguns são ícones bons, estou a lembrar-me do Badem Powel, do músico que o outro não conheci, do Ayrton. Alguns são vilões, mas mesmo esses não deviam morrer, para a história não se encarregar de os apagar.
Tudo isto porque hoje morreu Pinochet, o ditador mais tristemente célebre da América Latina ao depôr um Presidente democráticamente eleito. Existiram outros ditadores igualmente cruéis mas só este teve o condão de contrariar a vontade de uma eleição realmente democrática. Tenho uma vaga ideia da alegria do meu pai ao contar-me o que se passava no Chile quando da eleição de Allendre e a sua tristeza mais tarde ao saber do Golpe de Estado.
Na minha opinião todos os sanguinários e carrascos do mundo deviam ser imortais, para que não se convertam em mártires de causas estranhas alimentadas por doentes, para que não sejam esquecidos. A sua pena deveria ser vivos diante dos filhos e netos das suas vítimas e serem apontados cada vez que saíssem à rua. Deviam ser "enterrados" vivos e servirem de exemplo cada vez que houvesse um lunático pronto a reacender as suas teorias macabras. Assim proporia longas vidas a Hitlers, Estalines, Husseins, Pinochets e a todos os malucos que vieram e hão-de vir a celebrar as suas vidas.

2 Comments:

Blogger marta r said...

É uma perspectiva diferente, essa de tornar imortais os piores sacanas do mundo... Mas não sei...
Just in cause, prefiro vê-los debaixo da terra...

1:50 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olá boa noite.
Celebra-se a época do Natal, que como tudo será rica e festiva para uns e a outros nem por isso, é com esses que o nosso pensamento tem que estar é a esses que desejamos o melhor de tudo, numa altura em que a ausência nos fere e entristece como nunca.

Um Feliz Natal.

João C. Santos

6:42 da manhã  

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