Nostalgias Monárquicas
Hoje por acaso reparei no nome de uma empresa que me relembrou o quanto nostálgica é a monarquia.
Estava parado num semáforo quando reparei que o carro á minha frente tinha o nome da seguinte empresa "Reilimpa". Pelo paradoxo da situação, não estou a ver um Rei a limpar o que quer que seja, pelo menos conforme a definição clássica que temos dos ditos, comecei a relembrar a quantidade de coisas que têm o Rei no nome.
Comecei pelo clássico Rei do Frangos, deve ser um galo com sangue azul, lembrei-me também do Rei do Bifes, estes dois fazem parte do meu imaginário infantil. Passei depois para o ramo das limpezas e temos o Rei das Fardas e o Reilimpa.
No ramo da doçaria temos o bolo Rei e por simpatia os bolos Conventuais e Castelares. Na cervejaria bebemos uma Imperial, que é um rei com mais pretensões, com montes de reinos, não entendo porquê a Caneca é maior que a dita. Aliás aqui poderiamos divergir para os nomes da cerveja à pressão que é outro mundo. Fino, deve ser a pretensão de quem as bebe, tulipa, que deve ser a flor que se deve levar para casa depois de atingir um estado de embriaguês que possa causar embaraços conjugais e muitos outros nomes que aqui para aqui não são chamados.
Depois por oposição pus-me a tentar recordar de nomes de empresas republicanos. O Presidente das Alcatifas ou o Deputado do Calçado ou mesmo o Autarca dos Limões. Não há. Nada como um Reino, ainda que pequenino para nos aumentar a importância.
Os reis não se escolhem, não são eleitos, muitos deles nem são grandes governantes. Actualmente têm uma importancia politica tão reduzida que nem o Zapatero leva um puxão de orelhas do Rei por faltar à missa de outro Rei.
A única explicação plausivel é a hereditariedade, não se escolhe ser, nasce-se Rei. Ora tanto quanto sei e tirando a Abelha Rainha somos todos iguais pelo que só entendo esta fixação pela nossa eterna Nostalgia Sebastiânica.