29 agosto 2006

Nostalgias Monárquicas


Hoje por acaso reparei no nome de uma empresa que me relembrou o quanto nostálgica é a monarquia.
Estava parado num semáforo quando reparei que o carro á minha frente tinha o nome da seguinte empresa "Reilimpa". Pelo paradoxo da situação, não estou a ver um Rei a limpar o que quer que seja, pelo menos conforme a definição clássica que temos dos ditos, comecei a relembrar a quantidade de coisas que têm o Rei no nome.
Comecei pelo clássico Rei do Frangos, deve ser um galo com sangue azul, lembrei-me também do Rei do Bifes, estes dois fazem parte do meu imaginário infantil. Passei depois para o ramo das limpezas e temos o Rei das Fardas e o Reilimpa.
No ramo da doçaria temos o bolo Rei e por simpatia os bolos Conventuais e Castelares. Na cervejaria bebemos uma Imperial, que é um rei com mais pretensões, com montes de reinos, não entendo porquê a Caneca é maior que a dita. Aliás aqui poderiamos divergir para os nomes da cerveja à pressão que é outro mundo. Fino, deve ser a pretensão de quem as bebe, tulipa, que deve ser a flor que se deve levar para casa depois de atingir um estado de embriaguês que possa causar embaraços conjugais e muitos outros nomes que aqui para aqui não são chamados.
Depois por oposição pus-me a tentar recordar de nomes de empresas republicanos. O Presidente das Alcatifas ou o Deputado do Calçado ou mesmo o Autarca dos Limões. Não há. Nada como um Reino, ainda que pequenino para nos aumentar a importância.
Os reis não se escolhem, não são eleitos, muitos deles nem são grandes governantes. Actualmente têm uma importancia politica tão reduzida que nem o Zapatero leva um puxão de orelhas do Rei por faltar à missa de outro Rei.
A única explicação plausivel é a hereditariedade, não se escolhe ser, nasce-se Rei. Ora tanto quanto sei e tirando a Abelha Rainha somos todos iguais pelo que só entendo esta fixação pela nossa eterna Nostalgia Sebastiânica.

9 Comments:

Blogger Teresa Durães said...

Olá!

A fixação sebastiânica já é coisa que não entendo eheheheeh

No resto, e pensando que o Rei na realidade não tem poder político, é só um símbolo do país e dá direito a nome de restaurantes e afins - essa foi mesmo bem apanhada, nunca tinha pensado no assunto! - uma casa Real até ajuda à coesão (penso) do povo.

Mas sei lá eu destas coisas que quando abri os olhos para a situação política onde já lá ia o 25 de Abril - só apenas o que observo na vizinha espanha.

(eles param o país e babam-se pelos reis. Sem reis, quantos países teríamos aqui na península?)

Não fazia mal nenhum aqui em portugal termos um pouco mais de orgulho na nossa nação - se for preciso um rei... que venha.

Tem de se chamar Sebastião?
Porque não?
Num dia de nevoeiro?
Esperemos primeiro!

agora, salvar?
(lá está o português dos milagres)
salvemo-nos
unindo-nos

Boa tarde

5:18 da tarde  
Blogger Macambúzia Jubilosa said...

Por acaso a mim, essas reminiscências do passado não me incomodam. Desde que a monarquia não volte.

Há sempre uma certa aurea de glamour em torno das realezas e por outro lado, não devemos renegar as origens.

E nós tendemos a não valorizar muito aquilo que temos. É o nosso fado. Portanto, se um dia a democracia (espero e acho que não) desaparecer, e se o regime dessa altura deixar(e acho que não), provavelmente viamos por aí umas "Repúblicas dos Frangos" ou umas "Democracias dos Sofás".

Olha que até não fica assim tão mal como isso. É uma questão de hábito :)

2:29 da tarde  
Blogger 125_azul said...

Há uma República da cerveja, já que falas em finos (bem, é no Benfica e e sou verdinha...) e tulipas e bebedeiras!
Adorei regressar com a minha net curada da neura que a atingiu nas últimas semanas de Agosto e ver-te a dar-nos conta das tuas REAIS preocupações! Assim é que é!
Beijinhos

10:20 da manhã  
Blogger * said...

viajas pouco!
aqui é tudo realimpa, clinica real, realgest, etc etc depende da vila onde moras....

8:34 da manhã  
Blogger Teresa Durães said...

Aqui é Montigest, Monticlinica, Monti....(onde moro??) ehehheeh

[se não pensasse, eu que nem faço outra coisa eheheh não conseguiria escrever. Só vejo a escrita como forma de expressão]

1:19 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Reis há muitosss seus palermas.... esta é uma nostalgia que nada tem a ver com a nostalgia do «post».

Gosto de reis, rainhas, principes e princesas... (não posso renegar as origens)...

Gosto da nossa história cheia de realeza e glamour...quanto ao facto de termos a monarquia em Portugal...bom não me faria grande diferença...a nossa vizinha Espanha tem e não me parece que se tenha dado mal com isso :)

beijos (recatados) da Princesa

5:54 da tarde  
Blogger Out of Time said...

Curiosamente parece que passei a mensagem que teria uma nostalgia monarquica, nada mais errado, acho somente curioso este apego á realeza.
Quanto á Teresa deve morar no MontiCristo...com tantos Montis, ou então no Alentejo, nos montis de lá.

6:21 da tarde  
Blogger Teresa Durães said...

Montivendavais????

lololol Montijo, claro!

5:51 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Hummm... Achei o post preconceituoso.
E eu?

4:15 da tarde  

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