10 agosto 2006

Terrorismo e Economia Doméstica

Eis um dia que retoma o assunto do terrorismo no seu lado mais perverso. Independentemente do que se passa no Líbano e das posições que temos em relação ao conflito e o seu desenvolvimento o terrorismo continua a actuar.

Pela própria definição da palavra não tem que causar necessáriamente vítimas mas sim espalhar o terror e/ou pânico. Ontem graças à divulgação de um potencial atentado nos voos entre Londres e Nova Iorque todo o tráfego aéreo ficou descontrolado, alguns voos cancelados e lançada a suspeita de mais ataques terroristas.

Não é um ataque violento mas já deve ter provocado muitos ataques cardíacos e de stress a controladores de voo e pessoal ligado á industria hoteleira. Não estamos perante um ataque convencional, nem sequer temos atentado, mas toda a cultura de prevenção entretanto criada despoletou uma onda de choque que vai causar milhares de Euros de prejuízo. Os terroristas perceberam que quando a emoção de milhares de vitimas não é suficiente para Israel parar os seus ataques têm que atacar o poder instítuido onde mais lhe dói, o económico.

Repare-se que não é preciso gastar muito dinheiro para lançar este tipo de "provocação" mas os resultados são quase imediatos e de efeitos duradouros. As ondas de choque que vão atravessar sectores tão diversos como os dos transportes aéreos, turismo, energéticos, de prevenção e as consequencias políticas são imensas e ainda não existe uma valoração apropriada para este tipo de fenómenos.

Porque somos uma economia ainda convalescente e porque precisamos de uma recuperação sustentada vamo-nos empenhar para uma resolução rápida do conflito no Libano, vamos calar os argumentos aos terroristas, é uma questão de economia doméstica.

5 Comments:

Blogger 125_azul said...

Pois. Mas fazemos exactamente o quê? O inferno são os outros... a malta trabalha,paga impostos, faz o que pode, mas os outros...
Sugestões?

6:25 da tarde  
Blogger Teresa Durães said...

Concordo com 125_azul. Apertar o cinto já não dá.

(mas estás em Lisboa? eu pensava que eras de Aveiro ou algo assim)

Só se formos vender rifas como quando éramos miúdos. Rifas para o resto da Europa.

5:10 da tarde  
Blogger Out of Time said...

Soluções precisam-se. Ando a ler um livro com umas teorias fantasticas, Freaknomics, pode ser que no final tenha alguma ideia.

12:02 da manhã  
Blogger Macambúzia Jubilosa said...

É...afinal parece que o terrorismo e os conflitos no médio oriente não nos batem à porta apenas quando os preços da nossa querida gasolina que nos leva de férias nesta época agora chamada "silly season", sobem...

1:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não podemos queixar, a gasolina até baixou... ah ah ah... uma esmola, para nos prepararmos para o próximo aumento... :P

Bj doce

12:01 da tarde  

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