04 setembro 2006

Música do "nosso tempo"

Hoje ao almoço tive mais uma daquelas conversas hilariantes sobre música. Conversas sobre música são sempre desconcertantes porque é um assunto tão pessoal que não existe uma verdade absoluta e não existe uma música do "meu tempo".
Porquê os Pink Floyd serão do meu tempo e os Pearl Jam não? Ainda estou vivo, ainda não estou surdo, ainda tenho opinião! Sempre que me começam a explicar que a "música actual" é diferente, ou isto ou aquilo, tenho a horrível sensação que me estão a passar uma certidão de óbito.
Quando me perguntaram qual era a música do meu tempo tive a tentação de dizer que era o Fungagá, mas nem isso seria verdade. Na minha juventude existiam bandas rock que ainda tocam hoje em dia e nem todos ficávamos confinados à música dos Abba ou à banda sonora do Vickie. Não tenho nem tinha a pretensão de ser um entendido mas devia ouvir o mesmo que hoje se ouve numa qualquer rádio comercial, numa versão menos hip-hop, talvez com as cantoras mais vestidas, menos explícitas. A provocação foi sempre uma constante, o padrão é que terá mudado.
A outra tentação é generalizar e explicar que gostavamos da banda X ou Y quando eles eram "originais" e ainda não eram comerciais. Tanto quanto eu saiba as bandas tal como as pessoas de que são feitas têm alterações de gosto e mesmo o gosto das "massas" se vai adaptando e interiorizando às novidades.
Porquê se é tentado a ficar preso a "estilos" ou a épocas por causa da idade? Não é que me considere um tipo muito actualizado ou um ganda maluco por música, mas caramba, ainda tenho espírito crítico. Claro que com o tempo alterei os meus gostos, ainda não consigo ver onde está a qualidade do Tony Carreira mas isso deve ser um problema meu, mas não tenho que por isso passar só a gostar dos dinossauros do tempo da minha adolescência.
Depois de muito pensar nem me lembro da música da minha adolescência mas seguindo certos raciocinios ainda deviamos estar todos a ouvir as músicas do Barata Moura ou outras da mesma altura.
Vou tentar relembrar-me de quais as músicas de que gostava.

9 Comments:

Blogger 125_azul said...

Dividir a vida em idades, como se não fosse um contínuo, é tão pateta!Seja na música, seja em que campo for! E tabém não percebo porque as pessoas não acreditam na máxima que afirma que gostos, flores e amores não se discutem. Lamentam-se!
Beijinhos

12:03 da manhã  
Blogger Teresa Durães said...

Fui ao concerto dos Pearl Jam eheheheh

Adoro Pink Floyd quando o Roger Hudson cantava.

Doors, Supertramp, Alans Parson Projecto, The tubes, Dires Straits, AC/DC (se houver erros a escrever é normal, sou uma tãtã nestas coisas), Genesis, PETER GABRIEL (tudo!!!!!!!!!!!!!!!!), Led Zepplin, Rolling Stones

Vangelis

Dead Can Dance, Incubus, AudioSlave, Rammstein, Sigur Ros, Metallica, U2, Nirvana, Linkin Park

(sei lá, gosto de tanta coisa, clássica, blues, jazz, dixie, soul music, cubana, world music, onde se classifica esta cangalhada toda??????)

e portuguesa nem referi! lololol

não gosto do tony carrera. lol

mas conheço o baterista, descobri ontem. trabalha com ele porque trabalho é trabalho :)

5:50 da tarde  
Blogger Teresa Durães said...

queen? lembrei-me

1:21 da manhã  
Blogger Macambúzia Jubilosa said...

Há músicas que ficam como referências, por as ouvirmos em determinadas alturas da nossa vida, com principal destaque para a adolescência, pois é um periodo marcante e de estruturação mais definitiva da personalidade. Acho isso normal. Além de que há músicas que são intemporais.

Mas há pessoas que estagnam nessas músicas e depois parece que são incapazes de gostar de outro tipo de sonoridades.

Pessoalmente, também gosto de alguns dinossauros, mas vou tentando estar actualizada sobre o que há de novo. Aliás, nem imagino a minha vida sem música, nem tão pouco estar sempre a ouvir as mesmas velharias. E o tipo de música que oiço é tão variado que nem vou estar aqui a enunciar, mas definitivamente não passa por Tony Carreira.

11:10 da manhã  
Blogger Out of Time said...

Estou a ver que somos todos muito actualizados em termos musicais. Eu pessoalmente gosto de música mas cada vez sou mais selectivo quanto aos lugares onde a ouço. Sei que devo ser "diferente" mas não gosto de música para trabalhar nem para estudar. Em contrapartida não sou muito exigente quanto à aparelhagem de som, boa mùsica é para ouvir em qualquer grafonola.

Teresa,
Vejo que acrescentou um novo membro aos Pink Floyd, esse Roger ainda não conhecia.
Quanto ao Montijo antes ser Montiqualquercoisa do que ser um ilustre anónimo.

Macambuzia,
A boa musica não é intemporal? È essa a prova de fogo das coisas boas, duram e duram, como as pilhas Duracell.

6:49 da tarde  
Blogger Macambúzia Jubilosa said...

Mas foi exactamente isso que eu disse: boa música é intemporal.

E já que estamos numa de interpretações erróneas, espero que não tenham nada contra os montis :)

7:23 da tarde  
Blogger Teresa Durães said...

O antigo vocalista dos pink floy? enganei-me, esse é dos supertramp!!


Roger qualquer coisa ahahahahah

sou optima a trocar tudo! e não tenho veronha tão pouco em confessar ahahahhaha

uma vez numa discoteca consegui trocar o nome do album pelo nome do cd pelo nome do grupo. O homem da loja ia tendo uma apoplexia...

11:48 da tarde  
Blogger Anabela said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

5:58 da tarde  
Blogger Anabela said...

Devemos ser da mesma geração, se li em ti o Vickie, o Fungagá da Bicharada e o Barata Moura. É a geração da pastilha pirata!(vai a www.misteriojuvenil.com)

Tento manter-me actualizada na música que se vai fazendo. Há alguma que aprecio, outra que nem tanto. No entanto, nunca gostei de música que me desse seca (Supertramp; Pink Floyd; The Cure...),ou que fosse de ir ao cú à malta (Oasis; Robbie Williams; Fingertips...).

Mas são gostos, claro que são gostos. Ambos os estilos convivem como tomate e mozzarela numa pizza.

Arrepiam-me por vezes alguns remakes, no mau sentido, claro, como um tema dos Van Halen, que saiu há uns tempos de uma banda qualquer.

Tenho pena que os REM se tenham "vendido" aos tempos modernos, e tenham abandonado o estilo dos anos 80...

Por outro lado, alguma coisinha boa tem surgido por aí: Quenn of the Stone Age; Audioslave; Velvet Revolver.

Outros há, que já ía sendo tempo de pendurarem o microfone... como os Guns N'Roses. Lá está, são gostos.

3:02 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home

eXTReMe Tracker