13 julho 2006

O Gestor Funeràrio

Estava agora a arrumar alguns papéis que têm o hábito irritante de se ir acumulando em cima da minha secretária quando deparei com um hilariante não fosse o trágico associado.
Tudo na começou com um funeral de um parente meu na semana passada. Estava ainda o funeral a começar quando a minha irmã começa a ficar nervosa, tinha uma reunião importante a meio da manhã e não tinha como justificar a falta.
Pega no telefone e liga para os Recursos Humanos da empresa onde trabalha para saber quais as possíveis justificações e saber se dado o parentesco com o defunto teria algum dia de "nojo". Só o nome jà é horrível. Constatado que não "teria dias de nojo" restaria obter uma justificação em como teria estado presente no dito evento, leia-se funeral.
Embora não tenha necessidade de justificar o meu horário decidi fazer o mesmo por uma questão de ética profissional. No final do funeral dirijo-me a um dos senhores da casa funerária que estava encarregue do dito. Quando me aproximo verifico surpreso que havia uma fila de pessoas a fazerem o mesmo que eu e a minha irmã. Parecia que estávamos num consultório médico a pedir para este passar receitas médicas para as "cruzes" de uma série de reformados.
Peguei no papel e nunca mais me lembrei dele, até que agora mesmo á minha frente, vejo uma declaração assinada por um Gestor Funerário.
Estamos num país moderno, pois com certeza, é preciso é gerir, nada de nomes foleiros, tudo como deve ser.

4 Comments:

Blogger marta r said...

Gestor Funerário? Que termo pomposo. E o que é que ele gere? Justificações de faltas?

12:41 da tarde  
Blogger Macambúzia Jubilosa said...

Tudo é passível de ser gerido, até a desgraça alheia...

Termo pomposo sem dúvida...

Devem andar a ver uma certa série que passa no canal 2...

12:50 da tarde  
Blogger Carlota said...

Estou estupefacta! (E hoje já é a segunda vez...)
As entidades patronais aceitam justificações de faltas com base em declarações emitidas por uma agência funerária. E, já agora, o Gestor Funerário, garante a existência do parentesco entre o defunto e o trabalhador faltoso? Ou também é exigida a intervenção do Conservador do Registo Civil?
Céus!...
Quero com isto dizer que acho ridículo ser exigido para justificar uma falta ao trabalho um papel que não vale nada. Já não se acredita na palavra das pessoas?

Beijola e bom fim-de-semana!

P.S. - Esqueceste-te de dizer o mês lá no Lote 5!

3:04 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Gestor Funerário...pomposo sem, duvida. Somos um pais de nomes pomposos, de doutores e engenheiros. Há pouco tempo falava com um cliente da minha Empresa e ele fazia questão do Sra. Doutora para ali, minha senhora para acolá, exma Sra Doutoura (seguido pelo meu primeiro e dois ultimos nomes)...etc e tal. Comecei a ficar divertida e com tantas doutoras no meio da frase, acabei por perder a concentracção na conversa. A meio da conversa interrompi-o e pedi-lhe para ele me tratar pelo meu primeiro nome (aliás porque ele era praticamente da minha idade), que era mais facil. Resposta que obtive : cara doutora a césar o que é de césar...
Mais tarde, comentou com uma colega minha que estava com dificuldades em saber como me poderia tratar, pois eu não gostava dos meus nomes de familia.
Confesso que me fartei de rir...

Enfim...

beijos :)

1:11 da tarde  

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