Apertar o cinto
Finalmente o Governo decidiu financiar os Portugueses para estes apertarem os cintos. Estou a falar das bandas gástricas, claro!!
Com toda a consideração que tenho pelos gordos deste país e pelos médicos respectivos acho esta ideia do financiamento integral das operações de emagrecimento por via das bandas gástricas um convite ao abuso e descontrolo dos gastos públicos.
Eu não contexto a importância das operações ou a sua pertinácia, o que me parece susceptível de abuso é o facto de o financiamento das mesmas ser baseado no parecer emitido pelo médico do Serviço Nacional de Saúde. Tanto quanto sei, muitos destes médicos exercem simultaneamente no dito e têm as suas clínicas privadas. Ora isto é como ser juiz em causa própria.
O custo da operação é estimado em 8.500€ pelo que o número de pessoas que vai ter a tentação de o fazer via SNS vai ser exponencial. O governo em vez de premiar as pessoas que têm uma dieta equilibrada, menos problemas de saúde e consequentemente menos gastos no SNS oferece assim um presente a todos aqueles que não se preocupam.
Eu não estou contra os gordos, parece-me até uma medida interessante a longo prazo como forma de prevenção dos problemas cardíacos e diabéticos, mas será que é o momento adequado para a medida ser tomada ? Ou será mais uma refinaria de Sines, que afinal era mas já não é ?
Por falar nisso, o ministro da Economia de tanto espalhafato fazer por cada hipotética iniciativa que promove já devia ter os seus créditos nas ruas da amargura.
Enfim, alguém que aperte o cinto com gosto e ainda por cima á borlix.
Com toda a consideração que tenho pelos gordos deste país e pelos médicos respectivos acho esta ideia do financiamento integral das operações de emagrecimento por via das bandas gástricas um convite ao abuso e descontrolo dos gastos públicos.
Eu não contexto a importância das operações ou a sua pertinácia, o que me parece susceptível de abuso é o facto de o financiamento das mesmas ser baseado no parecer emitido pelo médico do Serviço Nacional de Saúde. Tanto quanto sei, muitos destes médicos exercem simultaneamente no dito e têm as suas clínicas privadas. Ora isto é como ser juiz em causa própria.
O custo da operação é estimado em 8.500€ pelo que o número de pessoas que vai ter a tentação de o fazer via SNS vai ser exponencial. O governo em vez de premiar as pessoas que têm uma dieta equilibrada, menos problemas de saúde e consequentemente menos gastos no SNS oferece assim um presente a todos aqueles que não se preocupam.
Eu não estou contra os gordos, parece-me até uma medida interessante a longo prazo como forma de prevenção dos problemas cardíacos e diabéticos, mas será que é o momento adequado para a medida ser tomada ? Ou será mais uma refinaria de Sines, que afinal era mas já não é ?
Por falar nisso, o ministro da Economia de tanto espalhafato fazer por cada hipotética iniciativa que promove já devia ter os seus créditos nas ruas da amargura.
Enfim, alguém que aperte o cinto com gosto e ainda por cima á borlix.
posted by Out of Time at 16:15
13 Comments:
O que me parece mal é não comparticiparem também o bottox. Apoiar os gordinhos e discriminar os semi-velhos é que me chateia!
Não sei se concordo inteiramente com o teu «post». As bandas gástricas quanto ao que me foi dado a conhecer é aplicado não a gordos, mas aos casos de «obesidade mórbida». Essas situações não se preendem exclusivamente com maus habitos alimentares (com um bom nutricionista geralmente resolvem-se) são derivados de problemas hormonais, glândulares etc etc...
No que me diz respeito acho bem que seja comparticipado.
Quanto ao facto de a operação ser baseada num parecer do médico do serviço de nacional de saúde e de nas melhores das hipóteses esse médico ter uma clinica particular e levar os pacientes para lá...
Esse é um problema muito mais abrangente!!! Sabias que há medicos de hospitais publicos que dão consultas particulares nesses hospitais??? e que o passo seguinte é direccionarem as pessoas para as clinicas particulares deles em prol de uma melhor assistência, em detrimento está claro dos mesmos serviços que prestam no hospital público???!!!
O que me impressiona é o aproveitamento geral das deficiências do nosso sistema de saúde em prol do facturamente e crescimento das clinicas privadas!!!
O sistema está viciado e nada tem a ver com comparticipações de situações como sejam as bandas gástricas que me fazem todo o sentido.
Well.... é apenas a minha opinião que de certa forma vai de encontro á tua, mas projectada para um problema mais global e geral.
Beijos (recatados) da Princesa e tem um bom fim de semana
A obesidade (mórbida) é uma doença dramática, humilhante e incompreendida pela sociedade. Penso que esta medida vai trazer um novo ânimo a pessoas que já passaram por tudo para tentar emagrecer e nada conseguiram, precisamente por se tratar de uma DOENÇA, e não de "desleixo" ou "falta de força de vontade".
Parece que estou de acordo, também, com as opiniões aqui expressas, embora, confesse, não tenha visto a notícia. Mas, se forem as operações para a obesidade morbida, então é uma doença que para além de todos os males físicos que faz, essas pessoas são vítimas de estigma social.
Tratamos os anoréticos que é uma doença, temos obrigação de tratar a doença contrária.
Por ambas se morre.
Concordo tambem que a "obesidade mórbida" deve ser tratada, aliás só nome já assusta.
Agora vamos ver o número de doentes disparar como nunca porque esse diagnóstico vai ser feito pelo médico "amiguinho" do SNS que depois retirará os respectivos dividendos quando fizer a cirurgia.
O que contesto não é a comparticipação,que acho correcta,mas sim a forma como a mesma pode ser obtida.
Percebo que na sequencia de todos os comentarios somos todos extremamente optimistas, ainda bem. Afinal são os nossos impostos que estão em causa.
A mim ainda me custa admitir que a Margarida Martins, aquela moça simpatica da Abraço, seja uma obesa mórbida e como ela muitos outros que vão engrossar as listas de "operáveis" em clinicas privadas.
O que contesto, mais uma vez o afirmo, é a falta de capacidade de o governo gerir o SNS e "oferecer" essa possibilidade aos privados. Em vez de exigirmos que o nosso SNS seja mais eficaz despachamos a responsabilidade para uns quaisquer privados, simples não é?
Proposta, para quem pensa que nada proponho.
Fazer publico o número de obesos morbidos que existem em listas de espera, antes de tornada publica esta medida. Publicar esse número e apresentar a proposta.
Caso se comprove que não temos meios para o resolver no SNS concordarei então que se utilize a medicina privada mesmo que se conclua que será necessário operar no Casaquistão para resolver o problema.
Parece-me que cheguei tarde à discussão... Obviamente que considero a obesidade mórbida uma doença terrível que merece apoio do estado mas percebo a tua dúvida no que se refere à forma de financiamento baseada em parecer do médico da SNS. Vamos ter que esperar para ver se há ou não abuso. Eu quero acreditar que não.
Out of Time: Vai haver abusos, há sempre porque este país está indicado como tendo uma corrupção visível elevadíssima. Isso é garantido.
No caso de poder-se recorrer a clínicas privadas (e falo por experiência do público) eu, pessoalmente, prefiro que me dêem a escolher e não seja obrigada a sujeitar-me porque não está em questão só uma operação mas o factor psicológico (a forma como somos tratados cada vez que pisamos um hospital).
O SNS está mal não só devido à sua má gestão mas devido ao número elevado de não pagadores (empresas e pessoas mais empresas que fazem as pré-reformas porque não querem gente com mais de 50 anos).
Mas, se no meio da trafulhice toda houver esperança para muitos que necessitam, levem lá o meu imposto. É preferível do que os estudos atrás de estudos que enchem os bolsos às empresas dos amigos dos governos (seja lá a cor que for).
E uma esperançazinha não faz mal (às vezes também penso que o Out of Time é mais pessimista do que eu e vê o lado mais negro da coisa :) do que eu )
Entendi o teu ponto de vista «out-of-time» :) e concordo.
O problema não está nas doenças (doentes), a questão está no sistema (SNS) ineficiente e incapaz de dar respostas. E acima de tudo no risco de «proliferação» de fraudes «consentidas» ao sistema.
Enfim...nada de novo, infelizmente.
Concordo con a banda gastrica porque sou a favor da felicidade das pessoas . Toda as pessoas vieram ao mundo para serem felizes.
Deixo um conselho a pluma nao tenhas medo porque a banda gastrica nao te vai tirar casamento
ola sou a maria tenho 30anos e vivo a cerca de 2 anos com a minha amiga banda gastrica. Sim amiga porque ela trouxe-me a felicidade de viver . Fui a buscar ao privado porque tinha possibilidades.fico feliz pelo governo ir comparticipar,porque assim vai ajudar doentes que nao tenham as mesmas posses que eu tenho.Nao sejam egoistas,viva a felividade de toda as pessoas .
Cara Maria,
Eu não contesto a banda nem a sua comparticipação. Pergunto somente, então e todos os outros doentes que se mantêm em lista de espera para outras operações?
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