01 fevereiro 2007

O Grande Desafio

Temos neste momento o grande desafio pós 25 de Abril entre mãos. Pela primeira vez temos o desafio Igreja Católica versus Consciência Colectiva, falo do aborto. Como já ouvi muitas vezes no 25 de Abril haviam dois partidos à data, o PCP e a Igreja Catolica.
Na realidade o que se trava aqui é muito mais do que uma hipotética luta entre a questão da vida ou morte de um feto. A própria questão da vida ou morte é questionável uma vez que nem os cientistas/médicos são unanimes na sua concepção de quando começa a vida. A questão aqui é a verificação na prática da capacidade de mobilização da instituição Igreja Católica e da sua capacidade interventora numa questão de "consciência social". Muito mais relevante do que a questão da vida e morte de um feto/ser humano é a questão da medição do grau de importancia que a Igreja ainda terá.
Tanto os argumentos do "sim" e do "não" me parecem débeis.
Comparar o aborto ao enforcamento do Sadam é no minimo de uma infantilidade de mau gosto. Preocupar-nos com o custo que teremos que assumir no Serviço Nacional de Saúde com a legalização do aborto leva-me a questionar o que teremos que pensar nos Cancros dos fumadores ou o que faremos com os custos de tratamento de ataques cardiacos depois de lautos repastos ou brilhantes vitórias da Seleção Nacional.
Alegar que se deve promover o "sim" porque outros países já antes o fizeram também não me parece grande argumentação.
Como vejo na Comunicação Social a elevação da argumentação anda pelas caves da amargura. Proponho então que nos concentremos numa questão para mentes simples. Se o que distingue o homem dos outros seres é a sua capacidade de livre arbítrio vamos usar essa faculdade e deixar que cada um use o seu quando decidir ter um aborto sem fazer pré-julgamentos das suas razões.
È uma questão de liberdade de escolha. Maio de 68 adequa-se perfeitamente,
"È proibido proibir".

1 Comments:

Blogger Pluma(PrincesaVirtual) said...

Caramba não podia estar mais de acordo!
Com alguma luta interna e depois de ser entulhada de propaganda hipócrita...assumo-me como uma convicta do SIM e vou lá estar.
SIM pela vida e nunca pela morte...é tudo uma questão de simplificarmos a coisa...
Quanto á Igreja e as suas intervenções manifestamente inoportunas...que me resta se não dizer «É a Igreja que temos!»

bjs

12:29 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home

eXTReMe Tracker